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Jean Klein - The Ease of Being



A vida está no presente, mas quando pensamos, 
pensamos em termos de passado ou futuro.
Viver no agora implica em uma mente livre de 
qualquer ganho ou recapitulação, livre de se agarrar e de se esforçar. 
No presente não há pensamentos.
A vida neste momento contém todos os acontecimentos possíveis.
Tudo pode ser resumido no seguinte: o tempo 
é pensado e o pensamento aparece no tempo.

A beleza e a alegria são revelados sempre no agora.

~ Jean Klein


Jean Klein - O Silêncio




O silêncio é a nossa verdadeira natureza. O que somos fundamentalmente, é apenas o silêncio. O silêncio é livre do começo ao fim. Era antes do início de todas as coisas. É sem causa. Sua grandeza está no fato de que ela simplesmente é. No silêncio todos os objetos têm a sua terra natal. É a luz que dá aos objetos seu conteúdo e forma. Todo o movimento, toda a atividade está harmonizada pelo silêncio. Está além de positivo e negativo. O silêncio dissolve todos os objetos.
Ele não está relacionado com qualquer contra-parte que pertença à mente. O silêncio não tem nada a ver com a mente. Ele não pode ser definido, mas pode ser sentido diretamente porque é nosso intimo. É nossa plenitude, nem dentro nem fora do corpo. O silêncio é alegre. O silêncio não precisa de intermediário.
O silêncio é sagrado. Ele é a cura. Não há nenhum medo no silêncio.
É intocado pelo tempo. O silêncio é meditação, livre de qualquer intenção, livre de qualquer pessoa que medita.
O silêncio é a ausência de si mesmo. Ou melhor, o silêncio é a ausência da ausência. O som que vem do silêncio é música. Toda a atividade é criativa quando se trata do silêncio. É constantemente um novo começo. O silêncio precede a fala e a poesia, a música e toda a arte. O silêncio é a terra natal de toda a atividade criativa.


~ Jean Klein

Jean Klein - A Simplicidade de Ser

Seus pais deram a você uma forma e um nome. Sua educação e ambiente lhe atribuíram muitas qualificações e você se identificou com elas. Em outras palavras, a sociedade lhe deu uma idéia de ser alguém. Assim quando você pensa por si mesmo, você pensa em termos de um homem com todos os tipos de qualificações que acompanham sua imagem. Esta acumulação passou por muitas mudanças, mas ainda assim você é consciente delas. Você pode lembrar de quando tinha sete anos. Você pode lembrar de quando não tinha barba. Isto indica que há um observador destas mudanças. A habilidade para observar as mudanças indica que a mudança está em você, não você nela, pois se assim fosse, como poderia observá-la? Assim, o que realmente pertence à percepção (para usar sua palavra) é o que é imutável em você. Você é a testemunha de todas as mudanças, mas esta testemunha nunca muda. Assim, a questão real é, “Como eu posso conhecer a testemunha?”

A testemunha está sempre presente, é sempre presença. É o que não se identifica com a mudança, com as circunstâncias, e então as “observa”. Sempre que você atenta para uma mudança, você o faz de uma posição do presente. É um pensamento presente. É esta presença contínua por toda a vida que nos chamamos de testemunha.

Não se pode dizer que nasceu, pois nascimento e morte são idéias, conhecimento de segunda mão, algo que foi falado a você. Conhecer a testemunha, portanto, significa experimentar o estado de presença em todas as mudanças. Chamar de “testemunha” à presença é apenas um artifício pedagógico para mostrar-lhe que você não é a imagem que tem de si mesmo, e para destacar o sujeito, não o objeto, em suas percepções. No fim, mesmo a testemunha se dissolve na presença da qual emergiu.

O que é o corpo? O corpo é um pensamento, uma invenção da mente. Quando você olha para o céu, onde está o corpo? Quando você olha para o céu, onde está o homem? Há um homem? Há apenas visão do céu. Sem o pensamento de ser um homem, não há homem. Você tem a idéia de um corpo, mas na realidade ele não existe. O corpo, o homem, são formas de pensamento.

Você não desperta de manhã. É a idéia de um corpo que desperta em você. O que há antes que o corpo desperte?

Você é!