Dentro de nossa experiência de vida, a
qual é tremendamente variada e cheia de diferenças, há uma faceta inteira que é
quase inteiramente ignorada. E essa faceta é a “mesmidade” (“igualitaridade”)
ou unidade que está constantemente presente e que torna possível toda
experiência. Ela é chamada de Consciência de Presença é essencialmente o
presente momento – bem aqui e agora. É o exato aqui e agora que sempre foi,
está sempre sendo e que sempre será. É o exato aqui e agora que você
experimenta na idade de cinco anos e que está com você quando você lê essa
página. Ela estava presente no nascimento, ela está presente na morte.
Consciência de presença. Exatamente aqui e agora. Nossa unidade constante.
Para a maioria dos
buscadores da iluminação ou liberação, a busca é longa e árdua com muitos
desvios e voltas ao longo do caminho.
Tão logo a unidade essencial
da existência é compreendida, desaparece o senso penetrante de separação
adquirido na primeira infância – quando a assim chamada identidade “individual”
foi criada.
Uma vez realizado que o
presente momento, exatamente aqui e agora, é tudo o que sempre existiu, o
comportamento insensato de preocupar-se com o passado e de imaginar o futuro
cessa totalmente.
Quando vemos claramente que
quem nós somos é de fato uma não- coisa – “não conceitual, sempre presente,
auto-brilhante, apenas isso e nada mais” – toda tentativa de mudar, consertar,
modificar ou corrigir a nós mesmos torna-se absurda.
O senso de
"tornar-se", cai imediatamente. Quando se compreende que tudo na
criação é de fato, em essência uma unidade (tudo na criação é feito da mesma consciência
de fundo), torna-se óbvio que todos
os pontos de referencia são falsos. Quando se vê que todos os pontos de
referencia são falsos, o julgar qualquer experiência ou qualquer pessoa como
boa ou má, ou certa ou errada, torna-se ridículo.
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