A
verdadeira autodescoberta é o reconhecimento e a realização do que este “eu” é.
A realização total de que o “eu” é o supremo Ser e não uma “pessoa” é o que é
chamado de Libertação. E crucialmente, a falta de clareza acerca do “eu” é o ás
na manga da mente e é comumente negligenciado ou passado despercebido.
Permaneça
fixo no coração. A todo o momento, onde quer que a atenção vá, traga-a
de volta para o Ser-Consciência. Gradualmente, ela permanecerá lá sem
esforço. Esta é a única prática que se precisa fazer.
O Ser
assume todas estas máscaras. O Ser esquece a si mesmo, e por isso parece
descobrir o seu Ser. No entanto o Ser permanece puro todo o tempo.
O “eu” é
o denominador comum de todas as experiências. Então, quem é este “eu”? Por que
esta é a pergunta mais auspiciosa? Porque sem questionar quem é este “eu” você
já se considera ser uma pessoa; você toma este corpo como sendo o que você é.
Qualquer que seja o papel que o “eu” faz, aquele que observa o “eu” é anterior,
estável e sem imagens. Reconheça e permaneça como aquela intuição sem-“eu”.
Não
existe resposta para a pergunta “Quem sou eu?” Quando alguém busca pela
raiz do pensamento-“eu”, o próprio investigador é exposto e
evidenciado como um mito. Isto resulta na dissolução do sentimento de
separação e no reconhecimento final da Verdade, o pano de fundo sem
imagens de todas as aparências. A Pura Consciência é o Imutável no
qual tudo surge e é percebido como um jogo efêmero.
“O que fazer?” é o mantra da mente. O silêncio
é a resposta, mas a mente não compreende este conselho excelso. “O que fazer, o
que fazer, o que fazer?” – quem é que o empregou para estar fazendo qualquer
coisa?
Apenas
permaneça em silêncio dessa forma. Apenas fique quieto. Você não tem nada para
“fazer”, nada para “entender”. Não toque na ideia que algo está faltando para
você. Não toque em nenhuma ideia em absoluto!
Enquanto
a gota de chuva está caindo na direção do Oceano, o medo da descontinuação pode
parecer maior que a alegria antecipada de fundir-se com o
Infinito. Mas quando ela toca o Oceano, pode ela contar a história da
viagem?
Uma vez
que é compreendido que a Consciência inclui tudo, e ainda assim está além de
tudo, então a aceitação é completa. A aceitação não é pessoal – é um estado de
ser. Um estado muito pacífico.
A constatação de que somos pura consciência ( não uma ideia ou uma satisfação quando as coisas "andam bem" para o condicionamento da mente), é o descobrir-se,efetivamente, como energia.É saber-se espiritual.Lin de Varga
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