Mesmo que eu lhe diga que você é a
testemunha, o observador silencioso, isto não significará nada para você a
menos que encontre o caminho para seu próprio ser.
Para saber o que você é, você deve primeiro saber e
investigar o que você não é. E para saber o que você não é, você deve
observar-se cuidadosamente, rejeitando tudo o que necessariamente não combina
com o fato básico “Eu sou”.
Nossa atitude comum é “Eu sou isso”. Separe consistente e perseverantemente o “eu sou” do “isto” e do “aquilo”, e tente sentir o que significa ser, apenas ser, sem ser “isto” ou “aquilo”.
Desista de todas as perguntas, exceto “Quem sou eu?”
Pois, afinal, o único fato do qual você tem certeza é que você é. O “Eu sou” é
certo. O “eu sou isto” não é.
A ideia “Eu sou apenas a testemunha” purificará o
corpo e a mente e abrirá o olho da sabedoria. O homem vai além da ilusão e seu
coração se liberta de todos os desejos.
O que é o mundo, afinal? Uma coleção de memórias.
Agarre-se ao que importa, segure-se no “Eu sou” e abra mão de todo o resto.
Isto é sadhana.
Existem tantos que tomam o alvorecer pelo meio dia,
uma experiência momentânea pela plena realização e destroem até mesmo o pouco
que tinham conseguido, por excesso de orgulho. A humildade e o silêncio são
essenciais para um sadhaka [buscador],
por mais avançado que seja. Apenas um jnani [iluminado]
plenamente amadurecido pode permitir-se completa espontaneidade.
Seja qual for o nome que dê a isso: vontade, firme
propósito, ou mente focada, você retorna à seriedade, sinceridade,
honestidade. Quando você é intensamente sério, você faz uso de cada
acontecimento, cada segundo de sua vida ao seu propósito. Você não desperdiça
tempo e energia em outras coisas. É totalmente dedicado, chame a isto vontade,
amor ou total honestidade.
Encontre o permanente no efêmero, o único fator
constante em cada experiência.
Comece desassociando-se de sua mente. Resolutamente
lembre-se que você não é a mente e que os problemas dela não são seus.
Apenas lembre-se de você mesmo. “Eu sou” é suficiente
para curar sua mente e levá-lo além. Apenas confie um pouco.
Se quiser conhecer sua verdadeira natureza, deve ter
a si mesmo em mente todo o tempo, até que o segredo de seu ser seja revelado.
Por que não
se voltar da experiência para o experienciador, e realizar o verdadeiro
significado da única afirmação que você pode fazer: “Eu sou”?
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