Note que a
busca por si mesma já é uma armadilha, por que implica na existência de uma
entidade com a necessidade de tornar-se algo. E tornar-se implica algum tempo
futuro. Não é ser. Tornar-se não pode jamais ser. E nós falamos a respeito de
ser. Chamamos a nós mesmos de seres humanos e chamamos Deus de Ser Supremo.
Tire esses dois rótulos (humano e supremo) e tente separar o ser (a seidade, a
natureza de ser). Eu podia chamar esse ser aqui de Bob, e aquele ser lá de
Joan. Essa coisa na qual estamos sentados nós chamamos de cadeira. Mas retire
os rótulos e o que restará? O substrato, ou a base - o ser, os padrões e as
formas que tomam ou na qual aparecem. Mas o padrão e forma são apenas
aparência. Sua essência ainda é aquela energia (puro ser) vibrando naqueles
padrões característicos. Assim não há para onde ir e não há ninguém para ir. E
não há nada para ser obtido e ninguém para obtê-lo.
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