O que é procurado
permanece escondido daquele que procura, simplesmente por já ser tudo.
É tão óbvio e simples, que a procura disso lhe
obscurece.
Nunca achado, nunca cognoscível.
Ser é a ausência consumada, que está além das
medidas, que é imensurável.
Procurar a existência é
acreditar que ela está perdida. Algo foi perdido, ou simplesmente a procura a
mantém? Será que o amado sempre dança constantemente além do nosso rigoroso
foco?
A real intenção de buscar por um tesouro mítico na
vida, inevitavelmente inebria a realidade de que a vida já é o tesouro.
Por procurar o mito, o buscador sonha que pode
alcançar algo; ele efetivamente evita o que mais teme: a sua própria ausência. A libertação é como um fusível que
subitamente explode e todas as luzes se apagam e só há Luz.
Não há nenhuma mensagem
sobre mim ou sobre você, ou sobre ninguém atingindo nada. Trata-se da
constatação de que não há nada a conquistar; de que o que foi achado nunca foi
perdido.
Não se trata de procurar ou não procurar; isso vai
além dos conceitos do Advaita e Não-dualidade, e além da ideia de atingir
estados de consciência ou atenção.
Não há objetivo, não há
nada a ser oferecido.
Está totalmente além do
conhecimento.
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