Annette Nibley - Não há qualquer pessoa separada


O senso desse ser que você é está disponível para você exatamente agora: A paz dentro da qual toda ansiedade aparece é sempre presente e óbvia; a aceitação interna dentro da qual todo questionamento acontece é sempre presente e obvia; o amor dentro do qual todo antagonismo, intolerância e auto-critica aparecem é sempre presente e obvio. Essas coisas – o amor, a aceitação, a paz – eles nunca variam, nunca desaparecem, nunca ondulam e jamais são obscurecidos. Você pode sentir isso – isso é sua consciência ordinária. Não sua consciência pessoal de sensação, de pensar, ou sentir, mas a consciência do espaço interno impessoal dentro do qual toda sensação, todo o pensar e o sentir acontecem.

Esse espaço consciente não é afetado pelos pensamentos passantes que surgem na mente de um objeto (pessoa) que aparece dentro desse mesmo espaço. Os objetos, e os pensamentos surgindo dentro das mentes dos objetos, apenas passam, como todos os objetos e aparições. Eles apenas produzem um flash na tela que reflete perfeitamente a realidade e depois se vão.

Você é apenas esse perfeito reflexo. Você é apenas esse amor. Você não é – não pode ser – um objeto aparecendo dentro desse amor, porque todas essas aparições são meramente brilhos momentâneos na tela da realidade, energia piscante criando imagens na tela, como um filme, e depois desaparecendo. A pessoa que você acredita ser é meramente um aparição momentânea na tela refletora da realidade. Mas essa pessoa/objeto assumiu um senso de sua própria realidade, e ela passou muitos anos construindo essa estória e somando a ela camadas após camadas. Essa pessoa/objeto inventou uma estória de que é separada da realidade dentro da qual ela aparece!

Assim isso é o que nós vemos quando nos voltamos e olhamos para onde o “eu” está apontando. Paramos de olhar para os objetos e finalmente vemos o claro espaço consciente dentro do qual os objetos aparecem. E então se sabe que isso é quem nós realmente somos. Esse espaço – não os objetos, nem o que nota os objetos, nem o que nota a clara espacialidade. Nós não somos o que nota coisa alguma. 
Somos AQUILO.

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