O senso desse ser que você é está disponível para você
exatamente agora: A paz dentro da qual toda ansiedade aparece é sempre presente
e óbvia; a aceitação interna dentro da qual todo questionamento acontece é
sempre presente e obvia; o amor dentro do qual todo antagonismo, intolerância e
auto-critica aparecem é sempre presente e obvio. Essas coisas – o amor, a
aceitação, a paz – eles nunca variam, nunca desaparecem, nunca ondulam e jamais
são obscurecidos. Você pode sentir isso – isso é sua consciência ordinária. Não
sua consciência pessoal de sensação, de pensar, ou sentir, mas a consciência do
espaço interno impessoal dentro do qual toda sensação, todo o pensar e o sentir
acontecem.
Esse espaço consciente não é afetado pelos pensamentos
passantes que surgem na mente de um objeto (pessoa) que aparece dentro desse
mesmo espaço. Os objetos, e os pensamentos surgindo dentro das mentes dos objetos,
apenas passam, como todos os objetos e aparições. Eles apenas produzem um flash
na tela que reflete perfeitamente a realidade e depois se vão.
Você é apenas esse perfeito reflexo. Você é apenas esse amor.
Você não é – não pode ser – um objeto aparecendo dentro desse amor, porque
todas essas aparições são meramente brilhos momentâneos na tela da realidade,
energia piscante criando imagens na tela, como um filme, e depois
desaparecendo. A pessoa que você acredita ser é meramente um aparição momentânea
na tela refletora da realidade. Mas essa pessoa/objeto assumiu um senso de sua
própria realidade, e ela passou muitos anos construindo essa estória e somando
a ela camadas após camadas. Essa pessoa/objeto inventou uma estória de que é
separada da realidade dentro da qual ela aparece!
Assim isso é o que nós vemos quando nos voltamos e olhamos
para onde o “eu” está apontando. Paramos de olhar para os objetos e finalmente
vemos o claro espaço consciente dentro do qual os objetos aparecem. E então se
sabe que isso é quem nós realmente somos. Esse espaço – não os objetos, nem o
que nota os objetos, nem o que nota a clara espacialidade. Nós não somos o que
nota coisa alguma.
Somos AQUILO.
Somos AQUILO.
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