Constantemente ao longo dos anos com o padrão de hábitos
acontecendo (pensamento) a mente acreditou que ela fosse a inteligência. E
acredita ser real; que tem poder; que tem vontade; que possa fazer o que gosta
e o que pensa que quer fazer.
É por isso que essa investigação é necessária. Apenas pare e
questione. Dê uma olhada no que temos acreditado que fossemos. O pensamento por
si mesmo não pode fazer coisa alguma! Porque aquele pensamento ‘eu vejo’, não
pode ver! O pensamento ‘eu escuto’, não pode escutar! O pensamento ‘eu estou
consciente’, não pode estar consciente! Mas existe o ver; existe o escutar; e
existe consciência. Isso está acontecendo bem agora!
O ver por si mesmo não conceitualiza. Ele não pode dizer ‘eu estou
vendo isso’. Nem o escutar pode dizer ‘eu estou escutando isso’. Trata-se
apenas de puro ver e puro escutar. Isso é conceitualizado pela mente, a qual
deve se referir a alguma memória passada para obter aquele nome. A mente ou o ‘mim’, o pensamento que eu
tenho sobre mim mesmo, é o passado. Isso é tudo o que ele é. Ele é o
passado, e o passado está morto. Ele se foi. Ele aconteceu. Ele não é o que é.
Aquele centro ao qual nos referimos constantemente e no qual acreditamos é uma
imagem morta.
Então nós lhe dizemos bem aqui, que o que você está buscando você
já é! A idéia de separação é apenas um conceito. Com essa idéia de separação,
imediatamente vem o senso de insegurança e vulnerabilidade. Qualquer coisa que
pense ou acredite estar separada também se sentirá isolada e só, à parte de
‘mim’, outro que não ‘eu’. Esse é o modo como a mente funciona. Tão logo haja
um ‘mim’, deve haver outro que não ‘eu’, e essa é a aparente separação. Essa é
a causa de todos os nossos problemas. Quando isso é compreendido, que problemas
existem, se não há nenhum centro ao qual eles se referem?
No ver e estar com aquilo, mesmo naquela fração de segundo, saber
que não há nada errado com o agora, a menos que eu pense sobre isso, então após
isso, importa se a mente está lá ou não? Por que se a mente foi examinada e compreendida,
ela não terá o mesmo crédito, justamente o mesmo quando se compreende que o
azul do céu não é realmente azul. Mas nós ainda o vemos como azul, e nos
apercebemos dele dizendo, ‘que lindo céu azul’. Mas sabemos a verdade sobre
isso.
Como dizem as escrituras: ‘Saiba a verdade e a verdade o
libertará’. Saiba a verdade sobre si mesmo! Você verá que sempre foi livre.
Você sempre foi livre. Apenas uma aparente crença errônea: ignoramos nossa
natureza verdadeira e acreditamos na aparência.
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