Vejo essa sensação
de um eu separado como essencialmente ilusório, embora seja um estágio natural
da evolução. Mas aí eu penso que quando você chega a limiar, como muitas
pessoas estão agora, elas experimentam essa separação e descobrem que é
inerentemente insatisfatória. Não só para si mesmo, como também para o mundo. E
aí você sente aquele impulso, de que existe algo além, e é quando você descobre
esse medo aterrador, porque é um tipo de morte.
Ir além do eu
separado significa a morte de uma identidade. No nível do pensamento isso é
bastante abstrato e difícil de explicar, mas quando começa a acontecer e você
sente, literalmente, que vai morrer… você enxerga o vazio do eu separado. Isso
soa bem espiritual, mas quando você realmente enxerga, pode ser realmente
assustador: "Meu Deus! A pessoa que eu imaginava ser não está aqui". Muitas das
pessoas com as quais eu converso têm esse medo da nao-existência. Isso faz
parte da ironia de ter que passar pela porta da não-existência para chegar à
verdadeira existência, e isso é muito muito assustador. E aí nos distraímos.
O mundo que nós
criamos é o mundo perfeito para nos distrairmos, com uma quantidade enorme de
diversões e trivialidades. E quando você entende isso, geralmente é um tipo de
medo profundo, de inicialmente se dar conta de que "nem mesmo sei quem eu sou".
A maior parte dos seres humanos não sabe quem são.
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