Apenas
seja o que você é. Não pense o que você é.
Eu pergunto: para ser você mesmo quanto esforço é necessário?
Você
sabe que nenhum. Mas aí você pensa de novo que você pode estar enganado e que
talvez seja melhor dar uma ultima olhadinha para ver se dessa vez você não
'entende', não é?
Mas
ao fazer isso você novamente 'pensou' que era alguém que estava quase
conseguindo 'realizar-se', 'ser' si mesmo, despertar-se. E o pior, você tenta
fazer isso através de sua mente.
A mente é só sua capacidade de traduzir em cor, sons, símbolos, palavras, sensações e sentimentos, a natureza daquilo que você é existencialmente.
A memória pode ser compreendida como um atributo dela. Quando se usa a expressão 'aquilo que você realmente é', você entende que há um você separado e que esse você separado possui uma natureza verdadeira.
E depois, causado por essa crença na separação, surge a idéia de que você é a natureza falsa (você é falso, é menor, é inferior, é menos, está aquém, é falho, tem carência de algo) e simultaneamente surge o desejo de tornar-se a natureza verdadeira, tornar-se inteiro!
Aquela expressão significa apenas que não há outra forma de comunicar-lhe esse fato. A falha é da linguagem. Não existe nenhum você. Nenhuma coisa que se possa chamar de você. O que você é, é irreconciliável, intraduzível, inexperienciável. Mas pode ser existencializavel, pode ser sabido, pode ser notado.
Todos os Mestres de todos os tempos expressaram de alguma forma um conselho, um apontamento, uma indicação:
NÃO
PENSE, SEJA!
Não
'pense' aí com seus botões que é difícil não pensar!
Você
é não-pensar! Pare com essa ladainha! Quando vir que está tentando ser quem
você já é, apenas acorde, dê um bom tapa na sua própria cara e diga para si
mesmo, "hei, cara, apenas seja"!
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