Jeff Foster - Um balão cheio de ar.


Um balão cheio de ar, flutua num mar infinito de ar... E o balão diz para si mesmo: “Eu” sou um indivíduo. Eu vivo em um mundo cheio de indivíduos. Um mundo de “eu” e “meus”: meus pensamentos, minhas lembranças, minhas crenças, minhas realizações, meus sucessos, meus fracassos, meu passado, meu futuro, meus relacionamentos. Eu possuo um pequeno pedaço do todo, um pedacinho da vida. Esta é a minha pequena parte do todo.”

O que o balão mais teme é estourar – em outras palavras, a sua própria morte – porque vê isso como a perda definitiva do “eu e meu”. Em outras palavras, a morte é a perda da “minha pequena parte do todo”. O fim da ‘minha vida’.

O que o balão não pode ver é que a morte é a libertação. Após a morte, “minha pequena parte do todo” simplesmente explode de volta para o todo. “Minha vida” se dissolve de volta à vida em si. E o que se vê é que “a minha vida” foi sempre uma ilusão, porque nunca houve alguém lá separado do todo. Houve apenas o todo, sempre. O balão nunca “tinha” qualquer coisa para começar, e assim nunca poderia “perder” qualquer coisa. Em outras palavras, não há “indivíduo” separado da própria vida – apenas parece existir.

A mente (pensamento) nunca será capaz de compreender isso. Mas em algum lugar além da mente, em algum lugar além das histórias que contamos sobre a vida, em algum lugar além de todos os nossos conceitos, filosofias, ideologias, religiões … pode haver um reconhecimento, uma ressonância, um saber. E esa mensagem é realmente sobre isso: um reconhecimento que está totalmente além da mente e além das palavras.

Você é perfeito como você é – até mesmo em sua imperfeição. A vida é perfeita como ela é, mesmo se você não puder ainda ver isso. Esta é uma viagem para dentro da sua própria ausência, uma ausência que finalmente se revela como a presença perfeita de tudo, como o lar que você sempre buscou, e que será e encontrará: Você escreveu essas palavras a si mesmo, para lembrar-se de que, no fundo, você sempre soube.

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